Cantamos nosso hino aos berros, com vontade e orgulho. Nos pintamos e nos vestimos de verde e amarelo. Penduramos nossa bandeira na janela, nos carros, nos embrulhamos nela. Com orgulho também. Foi lindo.
Mas perdemos. Em casa. Na Copa das Copas. 7 x 1. Triste mesmo, sem dúvida.
E a festa que fizemos? E os anfitriões que fomos? E todos os outros motivos que temos para comemorar? E, também, todos os motivos que temos para torcer? Torcer não por um time. Torcer por uma nação. Torcer por nossa pátria amada. Um país gigante de tamanho e de alma. Que merece ser mais bem tratado. Que precisa ser mais amado, mais respeitado. Por nós mesmos.
O hino de uma nação não é como o hino de um clube. Assim como nossa bandeira não é como um escudo de time. É bem mais que isso. Nossa bandeira tem 125 anos. Cantamos esse mesmo hino há 183 anos. E essa seleção que vimos jogar e, pela qual, cantamos o hino até ficarmos roucos, foi formada há 2 meses.
É importante o que fizemos por ela. Mas é fundamental que não façamos só por um time. Que façamos por nossa nação. Se quando cantamos o hino nos estádios estávamos torcendo e, muitas vezes, protestando por um time que não estava jogando como queríamos, vamos continuar a torcida.
Mas não por um time, por uma nação.
Não por 11, por 200 milhões.
Não só dentro dos estádios, por nosso Brasil inteiro.
Então, que as bandeiras continuem nas janelas, nas fachadas, nos carros, nos mercadinhos e botecos.
Porque a torcida não deve acabar.
#naorecolhamasbandeiras